Ação hacker: como funciona a divisão Brasil x Paraguai por Itaipu?

há 1 dia 1

Itaipu paga pelo uso dos recursos hídricos do Brasil e do Paraguai. Entre 1985 e 2018, foram mais de US$ 11 bilhões em royalties, usados para melhorar a educação, saúde, moradia e saneamento básico. No Brasil, os recursos beneficiam 16 municípios, sendo 15 no Paraná e um no Mato Grosso do Sul.

Em 2023, as dívidas da construção da usina foram quitadas, o que abriu espaço para uma nova renegociação dos termos de comercialização da energia. "Essa renegociação pode ter um impacto significativo nos preços da energia no Brasil", explica Castro. O Paraguai espera obter valores mais altos na venda de seu excedente, algo que vem sendo discutido entre os governos.

Em maio deste ano se espera que um novo anexo seja firmado entre os países dando mais estabilidade a questão, mas Brasil e Paraguai estão negociando quase que ano a ano o preço das tarifas. O que foi anunciado é que o Brasil vai ceder a venda direta da energia excedente ao Paraguai, que antes vendia para Eletrobrás.
Pedro Feliú, Professor de Relações Internacionais da USP

Os paraguaios argumentam que a dívida foi quitada há muito tempo e que deveriam estar recebendo mais pelo excedente de energia. "A renegociação do Anexo C era vista como uma oportunidade para corrigir essa questão", afirma Castro.

O governo anterior, liderado por Jair Bolsonaro, foi inábel na negociação segundo a pesquisadora, "não se preparou adequadamente, deixando essa questão para o futuro". Com isso, o governo Lula herdou um impasse que gera tensões entre os dois países.

Governo Lula nega ação hacker e culpa gestão Bolsonaro

A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) é investigada por um ataque hacker contra autoridades paraguaias. A operação teria sido planejada ainda no governo Bolsonaro e envolveu a invasão de computadores para obter informações sobre Itaipu.

Leia o artigo completo