A um mês da Black Friday, preço do tênis salta 36%; geladeira sobe 13%

há 2 meses 1

Embora essa prática seja polêmica, alguns varejistas aumentam os preços nas semanas que antecedem a Black Friday para oferecer um 'desconto' mais expressivo no dia principal.
Francisco Donato, superintendente executivo da Mosaico

Notebooks e celulares foram as únicas categorias sem alta de preços. Ambos os grupos tiveram reduções medianas na faixa dos 3% no período analisado. Donato avalia que os preços podem subir nas próximas semanas, para que descontos mais expressivos sejam apresentados durante a data. "Notebooks e celulares são produtos de alta demanda e, tradicionalmente, atraem muitos compradores durante a Black Friday", reconhece.

Apesar de em 2024 não termos observado um aumento de preços desses itens antes da temporada promocional, esta tendência pode se inverter à medida que a data se aproxima. Câmbio, complexidade logística e alta demanda são fatores que podem impactar a precificação das categorias.
Francisco Donato, superintendente executivo da Mosaico

Prática é a mesma observada em anos anteriores. Em 2023, por exemplo, o preço das geladeiras saltou mais de 11%, de R$ 1.662 para R$ 1.848, na véspera do evento. Já no ano anterior, as altas mais expressivas atingiram o ar-condicionado (de R$ 1.003 para R$ 1.228) e a cafeteria elétrica (de R$ 91 para R$ 105). Para Lucas Castellani, CEO da Cartpanda, a estratégia perdeu força recentemente.

Ainda ocorre o aumento de preços antes da Black Friday. É uma prática amplamente criticada e facilmente percebida por consumidores atentos.
Lucas Castellani, CEO da Cartpanda

Atenção redobrada

Pesquisas auxiliam os consumidores a evitar armadilhas. Para evitar a percepção de pagar "a metade do dobro", Donato orienta que os clientes apostem em ferramentas que acompanham o histórico de preços dos produtos desejados para encontrar descontos reais. "O cliente tende a abandonar a compra ao perceber que o desconto é ilusório", afirma.

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