A fascinante descoberta de pequeno tesouro junto a casal morto em Pompeia

há 4 meses 17

Um casal que tentou escapar da erupção do Vesúvio há quase 2.000 anos, acabou se refugiando —e ficando preso— em um pequeno cômodo.

Cientistas encontraram os restos mortais do homem e da mulher, que guardavam um pequeno tesouro, durante uma escavação arqueológica em Pompeia, a antiga cidade romana destruída pela erupção vulcânica em 79 d.C., localizada no sul da Itália.

As descobertas foram reveladas nesta semana.

Segundo artigo publicado no E-Journal of the Pompeii Excavations, a casa onde o casal estava tinha um pequeno cubículo que estava sendo usado provisoriamente como quarto, enquanto uma reforma era feita no restante do imóvel.

Quando a erupção do Vesúvio começou em 79 d.C., os dois se refugiaram no pequeno cômodo, enquanto a tempestade de cinzas e material vulcânico caía do lado de fora.

Mas, em determinado momento, as pedras vulcânicas acabaram bloqueando a única porta disponível.

"Presos no cômodo pequeno e estreito, eles morreram quando os fluxos piroclásticos os alcançaram", explicou o Parque Arqueológico de Pompeia em comunicado.

A violenta erupção do Vesúvio —que ocorreu numa noite de agosto ou outubro de 79 d.C., algo que os cientistas ainda debatem— pegou de surpresa as cidades de Pompeia, Herculano e Estábia.

Quase 20 mil pessoas morreram, deixando para trás seus restos mortais nestas cidades do sul da Itália.

Moedas e joias

Em escavações recentes, os cientistas se depararam com o pequeno cômodo em que jazia o casal, na ínsula dez, um dos sítios de exploração arqueológica de Pompeia.

O esqueleto da mulher foi encontrado sobre uma cama, em que ela guardava "um pequeno tesouro de moedas de ouro, prata e bronze", explicaram os pesquisadores.

Também havia algumas joias, como brincos de ouro e pérolas.

Os restos mortais do homem estavam caídos aos pés da cama.

Fora do pequeno cômodo, os arqueólogos também encontraram pistas de como era aquela casa.

"Vestígios nas cinzas permitiram reconstruir o mobiliário e identificar sua localização exata no momento da erupção: uma cama, uma arca, um candelabro de bronze e uma mesa com tampo de mármore, com os móveis de bronze, vidro e cerâmica ainda em seus devidos lugares", indica o artigo.

Esses trabalhos ajudam os cientistas a obter "dados arqueológicos muito valiosos" sobre o cotidiano dos moradores de Pompeia da época, afirmou o diretor do Parque Arqueológico, Gabriel Zuchtriegel.

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