1. Documentos que integram as investigações sobre o caso Americanas mostram que os bancos Itaú, Santander e ABC Brasil corrigiram os documentos enviados à auditoria KPMG em 2019. Nos arquivos corrigidos, as operações de risco sacado com as Americanas desapareciam.
2. Isso ocorreu mesmo quando a auditoria disse expressamente que precisava que os documentos incluíssem as operações de risco sacado, conforme indicam documentos obtidos pelo UOL. No caso do Santander, a auditoria chegou a questionar a correção por e-mail, mas a versão sem as operações de risco sacado foi mantida. As correções ocorreram por ao menos três anos.
3. O risco sacado é uma modalidade de crédito na qual o banco compra débitos que a empresa tem com seus fornecedores. Essa operação foi largamente usada pelas Americanas nos últimos anos, mas não era registrada devidamente nos balanços, o que fez com que os prejuízos reais acumulados pela varejista ficassem ocultos.