3º maior mercado em crescimento, aviação no Brasil perde com alta do dólar

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O diretor-geral da Iata continua: "Para ser justo, houve muitas, muitas companhias aéreas brasileiras boas. Mas, quando olho para trás ao longo dos anos, um dos maiores impactos que o Brasil tende a enfrentar é a desvalorização da moeda em relação ao dólar. E, você sabe, você não pode controlar o fato de que sua base de custos é em grande parte dólar".

Nesse mercado, as aeronaves são pagas em dólares, e a manutenção (em muitos casos), também. É uma situação em que a maior parte da base de custos está em dólares americanos, mas as receitas não são geradas nessa moeda, mas, em real.

"Com exceção das transportadoras dos EUA, quase todas as companhias aéreas do mundo estão com pouco dólar. Elas estão sempre expostas ao risco cambial associado a um fortalecimento ou a um dólar americano forte", diz Walsh.

O executivo também aponta que a média do crescimento do mercado doméstico brasileiro foi de 7,6% ao ano entre 2000 e 2023, enquanto na China e na Índia foi de 11,2%. Como comparação, no mesmo período, o setor doméstico nos EUA crescia 1,8% ao ano, e a Europa em torno de 4%.

Isso demonstra a oportunidade que existe no Brasil.
Willie Walsh

Reestruturação das empresas

As empresas aéreas brasileiras têm enfrentado crises nos últimos anos. Latam passou por um processo de Chapter 11 nos EUA, similar à recuperação judicial no Brasil. Gol apresentou recentemente seu plano de reestruturação, e Azul passou por uma negociação intensa com seus credores que teve os primeiros resultados divulgados nos últimos meses.

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