Um deles é a CSN Mineração (CMIN3), que nos últimos 12 meses apresentou um dividend yield de 18,95%. Bruno Oliveira, analista CNPI do Projeto Vida de Acionista, lembra que uma das vantagens de investir na mineradora é que o principal controlador, o grupo CSN (CSNA3), também precisa de dividendos. Desta forma, o investidor minoritário pode ter a tranquilidade que há um compromisso com a remuneração do acionista e desta forma investir na ação com foco no longo prazo.
Segundo Oliveira, esse é um dos motivos pelos quais a companhia trabalhou com payouts (parcela do lucro destinada ao pagamento de proventos) elevados de quase 80% nos últimos anos.
Outra vantagem de investir na empresa é a exposição ao minério de ferro, que é um dos principais produtos exportados pelo Brasil. Além disso, por ter uma receita dolarizada, mas custos em real, a CSN Mineração funciona como uma proteção cambial para a carteira do investidor.
Outro aspecto é a perenidade dos ativos da CSN Mineração. A mina Casa da Pedra, que é uma das principais da companhia, tem cerca de 100 anos na extração de minério de ferro. "Provavelmente, muitos investidores deixarão as suas ações CMIN3 para seus descendentes", comenta Oliveira.
Mesmo diante de um cenário de juros em alta, a CSN Mineração não é afetada porque possui mais de R$ 2 bilhões em caixa e endividamento negativo. "Isso faz com que ela tenha uma resiliência para encarar um ciclo de juros elevados com muita tranquilidade. Empresas endividadas são as que tendem a sofrer mais. Não é o caso da CSN Mineração", observa Oliveira.
O analista do Projeto Vida de Acionista espera que em 2025 a CSN Mineração (CMIN3) pague no cenário mais pessimista proventos líquidos de R$ 0,50 centavos por ação. Isso seria equivalente a um dividend yield de 8,3%, no mais conservador dos cenários, mas há grandes chances de a companhia surpreender positivamente o investidor.