A operação Shamar, implementada pelo governo em agosto para combater a violência contra a mulher e o feminicídio, terminou com 7.130 presos pelos crimes no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O mês foi escolhido por causa do aniversário da Lei Maria da Penha, que completou 18 anos no dia 7.
De 2 a 30 de agosto, foram atendidas 73.336 vítimas. No período, foram solicitadas 49.542 medidas protetivas de urgência. Já o número de medidas protetivas de urgência acompanhadas para retirada de pertences somou 956. Segundo os dados da pasta, 283 pessoas foram presas em flagrante por feminicídio.
A ação foi coordenada pela Diopi (Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência), da Secretaria Nacional de Segurança Pública, e abrangeu 1.285 municípios.
O ministério afirmou que houve investimento de mais de R$ 2,3 milhões na ação, em recursos usados para arcar com diárias de policiais civis e militares para deslocamento com o objetivo de cumprir mandados de busca e de apreensão de acusados de feminicídio e de violência doméstica, em especial onde não há delegacia especializada.
O dinheiro também foi aplicado em ações educativas de prevenção de casos de agressão por gênero, como palestras e panfletagem, em um alcance estimado em cerca de 3,9 milhões de pessoas.
Durante a operação, foram apreendidos cerca de 990 kg de drogas e recolhidas 1.286 armas.
"As diversas operações que realizamos em parceria com os entes federados são de extrema importância. Estamos avançando cada vez mais, mas, para obtermos êxito, precisamos que toda a sociedade se envolva e diga não à violência contra as mulheres", disse o secretário Nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo.